EM SINOP

Norte Show deve movimentar R$ 4 bilhões

Feira em 2025 supera todas as expectativas e já conta com lista de espera para expositores em 2026

De facas gaúchas a máquinas agrícolas de última geração. A expectativa é que R$ 4 bilhões em negócios sejam realizados em 2025 na Norte Show, em Sinop. Tarifaço dos Estados Unidos sobre a China marca a abertura da feira, que já conta com fila de espera de empresas para 2026.

O evento, que movimenta a região médio-norte de Mato Grosso, teve início nesta segunda-feira (14) e segue até quinta, 17 de abril.

Consolidada entre as principais feiras do agronegócio mato-grossense e do calendário nacional, a Norte Show já supera todas as expectativas em 2025, conforme o presidente da Associação de Criadores do Norte (Acrinorte), Moisés Debastiani.

Em 2024 a Norte Show contou com 350 expositores e em 2025 foram abertos mais 50 espaços, somando mais de duas mil marcas presentes.

“Foram comercializados 15 dias antes da feira e de lá para cá nós já entramos numa lista de espera para o ano de 2026”, diz Debastiani ao Canal Rural Mato Grosso.

Em termos de negócios, pontua o presidente da Acrinorte, são aguardados mais de R$ 4 bilhões e mais de 70 mil visitantes. A expectativa é positiva, segundo ele, diante dos bons resultados observados nas lavouras em 2025.

“O ano passado nós tivemos uma seca severa. Esse ano graças a Deus está chovendo bem. Agora a expectativa no milho é que tenha chuva até o final do mês e o milho safrinha seja 100% milho safra”.

Norte Show Sinop foto assessoria
Foto: Assessoria Norte Show

Tarifaço dos EUA marca abertura da Norte Show

Presente na abertura da Norte Show nesta segunda-feira (14), o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), destacou que “o mundo vive um momento bastante inusitado” no que diz respeito à guerra comercial dos Estados Unidos, principalmente com a China.

De acordo com o chefe do Executivo mato-grossense, o que se vê hoje é “um país comunista, como a China, que defende um livre mercado e um país capitalista se fechando”.

“Algo meio surreal. E esse movimento vai beneficiar o Brasil que é um grande exportador de alimentos. Os Estados Unidos é um grande exportador também, principalmente para a China. As tarifas que os Estados Unidos inventaram vão prejudicar o produtor americano. Não sei até onde eles vão com isso, mas num primeiro momento é muito bom para o nosso país, porque vamos ter mais mercados”.

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja Mato Grosso), Lucas Costa Beber, a guerra entre Estados Unidos e China “pode ser uma oportunidade para o Brasil”.

Entretanto, ressalta ele em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso, é preciso que o país esteja preparado para atender a demanda que pode vir.

“Nós somos tecnificados, o nosso produtor é competente, mas aí nós batemos novamente num custo país muito alto, juro alto, atração de investimentos baixa, logística ainda precária. É uma vergonha um estado como Mato Grosso ter pouco mais de 300 quilômetros de ferrovia”, diz o presidente da Aprosoja Mato Grosso.


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