Relativamente novo, com apenas 36 anos, Campo Verde conta com a sua produção agropecuária consolidada. O município, localizado na região sudeste de Mato Grosso, vive hoje uma fase de entusiasmo voltado para a agregação de valor.
“O que estamos vivendo em Campo Verde agora é aquilo que outros municípios viveram num passado recente, no tocante à agregação de valor, verticalização e industrialização”, diz o prefeito Alexandre Lopes de Oliveira (União Brasil), em entrevista ao programa Estúdio Rural deste sábado (30).
Reeleito com 83,60% dos votos nas eleições de outubro deste ano, Alexandre é produtor rural no município e já atuou frente a entidades do setor produtivo local.
A base produtora de Campo Verde, conforme o prefeito, é extensa, mas que não tinha agregado valor como Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde, por exemplo.
“Eu diria que esse momento chegou para nós. É claro que, para que pudéssemos oferecer um município propício à agregação de valor, verticalização e industrialização, considerando à base de produção que temos, havia a necessidade de realizar algumas coisas voltadas para a infraestrutura, estratégia, logística, a questão de incentivos e de qualificação de mão de obras”, salienta.
Programas e ações de incentivo
Entre as ações realizadas para transformar Campo Verde em um município agregador de valor está a busca de parcerias e apoio com o governo do estado, por exemplo, através da implantação de uma escola técnica para a qualificação de mão de obra e uma legislação que possibilitasse um ambiente fiscal e de incentivo para o desenvolvimento das atividades, como o programa “Da fibra ao fio”.
“Oferecemos um dossiê ao governo do estado, onde dizia o que deveríamos fazer para sermos competitivos na transformação da pluma em fio. Ele nos ouviu e colocou isso na Assembleia e fez com que a lei fosse feita e agora estamos tirando proveito desse benefício fiscal, de incentivos”, comenta Alexandre ao programa do Canal Rural Mato Grosso.
Entre os benefícios conquistados para a agregação de valor da pluma de algodão, pontua o prefeito, está a isenção do Fethab, a redução da taxa do Fundo de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso (Fundes) e o aumento do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic) de 85% para 90%.
“Essas iniciativas culminaram em um pacote de incentivos tributário, fiscal e contábil que nos trouxe grandes resultados, o que está impulsionando a cadeia produtiva do fio em Campo Verde. Temos três fiações que tem quase dobrada a sua produção e isso gerando mais empregos”.
A integração entre os modais rodoviário e ferroviário, conforme o prefeito, é vista com bons olhos para impulsionar o desenvolvimento de Campo Verde, além da ligação entre as BRs-163 e 070 com o advento da pavimentação da MT-140.
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