CIRCUITO APROSOJA

Perdemos produto por grande parte da nossa safra ainda ser armazenada em caminhões, diz senador de MT

A falta de armazéns para guardar a produção, que não para de crescer no estado, foi um dos pontos comentados pela entidade durante o evento 

Com a queda no preço dos grãos em Mato Grosso, a falta de espaço para guardar a produção tem preocupado o setor produtivo e as entidades que as representam. Juntas, elas prometem somar esforços na defesa por mais recursos em investimentos para armazenagem no campo. O 17º Circuito Aprosoja, encerrado nesta segunda-feira (19), destacou este assunto. 

Para o senador Wellington Fagundes (PL), falta sensibilidade no governo. “Hoje no Brasil, a grande parte da nossa safra é armazenada no caminhão, por isso perdemos muitos produtos. Acho que criar uma linha de crédito é tão importante quanto criar o incentivo à produção de automóveis”, diz. 

Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural Mato Grosso

“A melhor solução é que o governo desonere e faça incentivos para a taxa de juros a quem tiver esse acesso e fazer com que de fato o produtor tenha acesso não só nas ações do governo, mas nos bancos privados e nos fundos internacionais. Incentivando investidores estrangeiros para investir dentro da propriedade do produtor brasileiro”, aponta o presidente do Instituto Pensar Agro (IPA), Nilson Leitão. 

Sentimento de dever cumprido 

O evento promovido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), percorreu mais de oito mil quilômetros pelas principais regiões produtoras do estado e levou painéis sobre produção de alimentos e preservação ambiental. 

O presidente da associação, Fernando Cadore, comentou que o sentimento é de animação com as perspectivas que conseguiram levar ao campo. “As demandas que trouxemos da base, dão combustível para finalizarmos os trabalhos da Aprosoja-MT. Para que vá ao encontro com o que buscamos”, frisa. 

Ele também trouxe os principais temas abordados durante esse período de circuito. 

“As questões ambientais, principalmente, com relação às restrições de embargos comerciais, como a moratória da Amazônia. A segurança do direito de propriedade, infraestrutura, marco temporal, interligação de modais foram um dos temas que nós tocamos e fizemos um ajuste fino para colocar as pautas em linha com o que o produtor precisa de fato”, pontua. 

 

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