Mato Grosso

Novas ferrovias em MT devem começar a rodar até 2040, diz Movimento Pró-Logística

Dois novos trechos em Mato Grosso serão construídos pela Rumo S.A., com previsão de R$ 11,3 bilhões em investimentos

O transporte ferroviário no traçado de Santa Rita do Trivelato e Sinop e entre Primavera do Leste e Ribeirão Cascalheira, em Mato Grosso, deve começar a rodar entre 2038 e 2040. A estimativa é do Movimento Pró-Logística. Os dois novos trechos tiveram autorização assinada pelo governo federal nesta quarta-feira (26).

Ambas autorizações de construção foram concedidas pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) e Ministério da Infraestrutura (Minfra) para a Rumo S.A.. A estimativa é de R$ 11,3 bilhões em investimentos, além da geração de 54.365 empregos diretos e 25.640 empregos indiretos no estado.

Conforme o diretor do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, ambos os trechos possuem como objetivo ampliar a rede de alimentação da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, mais conhecida como Ferronorte, cujos trilhos hoje chegam até Rondonópolis.

“Mas, são trechos que vão demorar muito para ficar prontos. A Rumo S.A. tem ainda muito o que investir em outros trechos ferroviários. Elas têm que fazer o trecho até Lucas do Rio Verde para depois pensar em começar esses trechos. Eu diria que a obra é para 2038, 2040 para estarem rondando”, comenta Edeon Vaz.

Traçado passa perto de terras indígenas

De acordo com Edeon Vaz, há uma preocupação quanto ao trecho entre Primavera do Leste e Ribeirão Cascalheira, visto passar próximo a terras indígenas. “Isso será um trabalho para se fazer o licenciamento ambiental. Mas, tudo é possível. Acho que dentro desse prazo que eles estão colando será viável”.

Segundo a ANTT, a primeira linha irá operar no trecho entre Santa Rita do Trivelato e Sinop. Ao todo serão 250,7 quilômetros que servirão para o transporte de granéis agrícolas, produtos industrializados, graneis líquidos e Fertilizantes.

Já a linha férrea entre Primavera do Leste e Ribeirão Cascalheira terá 498 quilômetros. O ramal possibilitará o transporte de granéis agrícolas, produtos industrializados, granéis líquidos e fertilizantes.

É preciso insistir na Ferrogrão

O diretor do Movimento Pró-Logística pontua ainda que é preciso insistir nas obras da Ferrogrão, que ligará Sinop a Miritituba, no Pará.

“Não podemos esquecer em nenhum momento da Ferrogrão. Nós vamos continuar insistindo nela no trecho entre Sinop e Miritituba, porque nada substitui esse trecho”.

 

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