PREVENÇÃO AOS INCÊNDIOS

Construção de aceiros de até 50 metros no Pantanal em Mato Grosso conta com novas regras

Corpo de Bombeiros de MT já usou 64 mil litros de água para o combate terrestre de incêndio no lado de Cáceres do Pantanal

aceiros no pantanal foto marcos vergueiro secom mt
Construção de aceiros no Pantanal contam com novas regras. Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT

Novas regras para a construção de aceiros de até 50 metros de largura no Pantanal mato-grossense foram publicadas nesta quarta-feira (3) pela Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT). As medidas visam a prevenção aos incêndios florestais no bioma e levam em consideração o estado de emergência ambiental declarado no Decreto 827, de abril de 2024.

A Instrução Normativa nº4 pontua que para a construção de aceiros simples (sem uso de fogo), que tenham mais de 10 metros de largura, o proprietário deverá realizar a Declaração de Atividade de Aceiro no Pantanal junto a Sema.

Conforme a pasta, o documento deverá “ser solicitado por meio de um formulário disponível no site da Sema na aba Serviços, com protocolo no Sistema Integrado da Gestão Administrativa Documental (Sigadoc)”.

Além disso, a “declaração precisa estar acompanhada do mapa da propriedade ou a indicação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), além da identificação da área onde será necessário o aceiro. Nesse caso, a Declaração será encaminhada à Coordenadoria de Unidade de Conservação ou à Gerência de Planejamento de Fiscalização, caso o imóvel esteja em uma Unidade de Conservação Estadual. Em ambos, haverá registro e monitoramento da construção do aceiro. Todo o procedimento é gratuito”.

A Sema ressalta ainda que no caso da técnica de aceiro com o uso de fogo a mesma “precisa ser planejada, monitorada e controlada, e só poderá ser realizada após aprovação da Sala de Situação Central, que reforça as ações de combate aos incêndios florestais no estado”.

Bombeiros continuam combatendo incêndio no Pantanal

Até terça-feira (2), o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso já havia utilizado 64 mil litros de água para o combate terrestre ao incêndio florestal que atinge a região de Porto Conceição, em Cáceres. A atuação é realizada nas duas margens do Rio Paraguai.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, do lado de Poconé os trabalhos se concentram no “rescaldo para evitar a reignição do fogo com maior intensidade, enquanto do lado de Cáceres os bombeiros fazem o combate direto das chamas nas áreas onde há acesso”.

Ainda durante as ações, foram utilizados ainda 55,8 mil litros de água para o combate aéreo com um avião da Defesa Civil do Estado.

De difícil acesso, os trabalhos dos militares na região de Porto Conceição contam com apoio de embarcações, e de brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o combate.

Focos de calor crescem

O Corpo de Bombeiros já extinguiu dois incêndios florestais, sendo um localizado em Chapada dos Guimarães e outro na região da Fazenda Cambarazinho, em Poconé.

Dados do Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que entre os dias 1º e 2 de julho Mato Grosso registrou 128 focos de calor, dos quais 66 se concentram na Amazônia, 50 no Cerrado e 12 estão no Pantanal. Os dados são do Satélite de Referência (Aqua Tarde).

“Importante ressaltar que o foco de calor isolado não representa um incêndio florestal. Entretanto, um incêndio florestal conta com o acúmulo de focos de calor”, ressalta o Corpo de Bombeiros.


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