A pecuária leiteira em Mato Grosso vive um momento de custos elevados, preços que não remuneram e dificuldade de permanecer na atividade. Ações e medidas que possam auxiliar o produtor estão em discussão na Assembleia Legislativa do Estado.
O cenário preocupante vivenciado pelo pecuarista leiteiro em Mato Grosso é o destaque do terceiro programa Conexão FPA-MT.
Entre as ações e medidas em debate, conforme o coordenador da Frente Parlamentar de Apoio ao Produtor de Leite, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL), está a criação do índice do leite cru, que deve ser usado como referência para precificação do produto, além de políticas de apoio ao aumento do consumo do leite e a lei que obriga estabelecimentos comerciais a informarem de maneira clara aos consumidores sobre a utilização de produtos análogos ao leite.
“É uma realidade muito difícil para o produtor. Nós temos um alto custo de produção mesmo com os insumos em baixa. O leite é o único produto que você não vende. Você entrega ao laticínio por 30 dias e no vigésimo dia subsequente vai receber o valor pelo seu leite, que você não sabe qual é”.
De acordo com o diretor-executivo do Fórum Agro MT, Xisto Bueno, tais ações e medidas que estão hoje em debate na Assembleia Legislativa do Estado tratam-se de um “apoio, um auxílio para que essa cadeia continue existindo”.
“Essas medidas que estão sendo feitas, essas buscas para fazer o combate aos análogos, colocar o leite na merenda escolar, não é somente uma questão de buscar a viabilidade do setor, e sim é também a questão da nutrição humana, porque às vezes a mãe compra um leite achando que está levando um produto nutritivo para casa e está dando [para o filho] amido”, frisa Xisto Bueno.
Importação de leite
Outro ponto levantado pelo parlamentar, ao Canal Rural Mato Grosso, que vem dificultando a produção mato-grossense, bem como a brasileira como um todo, é quanto ao produto oriundo de outros países.
“Nós temos uma grande dificuldade em fazer o atual governo [federal] entender que ele está matando esse setor. Nós temos um leite importado da Argentina e do Uruguai, que entra em através do Mercosul, que não gera nenhum imposto ao nosso país. Dessa maneira ele entra com um preço muito baixo no mercado e quebra de fato todo o setor”.
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