PATRULHEIRO AGRO

Pressão de ervas daninhas pode colocar em risco a soja em MT

Pesquisador da Embrapa afirma que a palavra chave para o manejo dessas plantas é a integração de métodos de controle

Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT
Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT

O clima adverso segue causando apreensão, transtornos e atrasos tanto no cultivo da oleaginosa, quanto no manejo dos tratos culturais da lavoura. Este cenário traz à tona outra preocupação para os agricultores: o risco de proliferação de pragas, doenças e, principalmente, ervas daninhas. Entre elas, o capim pé-de-galinha, que tem despertado maior atenção. 

O risco da soja no estado pela presença do pé-de-galinha nas lavouras é o tema do Patrulheiro Agro desta semana. 

Por ser resistente a alguns herbicidas, a planta tornou-se grande ameaça à produtividade das principais culturas plantadas no estado, entre elas a soja. A gramínea também desafia a pesquisa.

Para o pesquisador de plantas daninhas da Fundação Mato Grosso, Lucas Heringer, este ano está sendo diferente devido às condições climáticas.  

“Já tivemos condições em que as plantas daninhas conseguem se sobressair em relação à cultura. A gente tem perdas chegando até mesmo em 90% se não forem controladas. Sabemos que o produtor não vai deixar a área solta, mas na média do estado a gente vê perdas de 30%, 40% com plantas daninhas e isso porque estão sendo feitas baterias e baterias de herbicidas, mas não tem sucessos de controle. Então, a perda com certeza é muito significativa”, afirma. 

Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural MT

O agricultor Ari José Ferrari, de Primavera do Leste, região sudeste do estado, comenta que a planta daninha está destruindo a soja e ela não nasce no meio dos capins. “A gente perde soja, ainda gasta com o defensivo e não adianta. Hoje, a gente pode falar que a maior dor de cabeça em praga é o capim”.

O pesquisador da Embrapa Sidnei Douglas, comenta que alguns casos de resistência simples já são confirmados. 

“O potencial de redução de produtividade do capim pé-de-galinha é muito grande. Temos estudado a questão de resistência dos biótipos e estratégias de manejo. Não só químicos, pensando em herbicidas, mas pensando em manejo integrado, adotando medidas alternativas de controle a exemplo de controle físico, por meio de palhada, alelopático, e medidas de controle mecânico para possibilitar rebrote para tornar mais fácil o controle químico. Então, a palavra chave para manejo de plantas daninhas é integração de métodos de controle”, frisa.

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