Mato Grosso

Mato Grosso: sojicultores do Araguaia temem concentração e falta de espaço na colheita

Produtores temem transtornos no escoamento e falta de espaço em armazéns com colheita concentrada em um mesmo período

A safra 2022/23 está sendo de desafios para os produtores de soja em Mato Grosso. Além do atraso no plantio por causa da irregularidade das chuvas e dos consequentes impactos na segunda safra de milho, uma possível perda de produtividade e problemas ligados à logística entraram no radar de temores de muitos agricultores da região do Araguaia.

Os desafios vividos pelos sojicultores da região do Araguaia em Mato Grosso são o assunto desta quinta-feira (24) do episódio 61 do Patrulheiro Agro.

O município de Campinápolis deve cultivar aproximadamente 200 mil hectares de soja nesta safra, conforme o Sindicato Rural, e a falta de umidade no solo preocupa.

“Está preocupante. A situação está difícil esse ano. Eles [produtores] estão preocupados até na questão de acumular muito o plantio e não ter tempo plantar, porque a janela está ficando curta”, diz o presidente do Sindicato Rural, Joaquim José de Almeida Júnior.

+Queda na temperatura e estiagem causam perdas na soja do interior de Mato Grosso

Marcos Diones Aguiar Melo é gerente de produção em uma cooperativa que deve cultivar aproximadamente cinco mil hectares de soja em Campinápolis. Ele lembra que o plantio da soja 2021/22 começou em 2 de outubro, enquanto na atual temporada há atraso.

Consultor técnico na Campileite, José Milton Soares de Souza, comenta que os trabalhos estão sendo realizados para evitar o máximo de perdas. “Hoje, está muito caro para nós sementes, adubo, fertilizantes, mão de obra, máquina. A gente busca acertar o máximo possível para o prejuízo ser menos”.

Carência de armazéns na região do Araguaia é desafio

A carência de armazéns na região do Araguaia, conforme o presidente do Sindicato Rural de Campinápolis, é uma situação que também preocupa os agricultores, além transtorno para escoar a produção por causa de uma possível concentração no mesmo período.

“O armazenamento nosso é só nas cidades vizinhas, como Nova Xavantina e Água Boa, e é um pouco distante. Isso vai dar uma acumulada e vai sobrecarregar até os armazéns”.

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