A colheita da soja 2022/23 em Mato Grosso deverá ser com chuvas acima da média. A informação é do meteorologista e professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Luiz Carlos Molion.
As condições climáticas para ciclo que se inicia foram abordadas durante a abertura do II Simpósio Técnico: Fertilizantes e Manejo do Solo, promovido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), na noite desta quarta-feira (14) em Cuiabá.
A abertura do evento, que contou com a participação de mais de 400 pessoas, contou com a palestra “Perspectivas do Clima para a Safra 2022/2023 e sua tendência para 15 Anos”, ministrada por Molion.
De acordo com o especialista, o agricultor mato-grossense deverá segurar a ansiedade para plantar a soja pelos próximos 15 dias. “Mas, ele pode estar confiante que vai plantar já em outubro e dessa forma colher antes de janeiro e fevereiro, onde a gente espera ter uma chuva acima da média aqui em Mato Grosso”.
Atraso de chuva na região leste
Molion alerta que um atraso de chuva entre o início de outubro e dezembro pode ocorrer na região leste de Mato Grosso, mais precisamente na Bacia do Araguaia.
“Essa região deve sofrer um atraso na chuva e não vai parar de chover mais. Vai ter chuvas intermitentes, chuvas isoladas e muitas vezes tempestades. De resto de janeiro a março chovendo aqui no Mato Grosso acima da média, e também chuva em abril, mas depois seca”.
Simpósio Técnico Aprosoja-MT
O Simpósio Técnico da Aprosoja-MT teve início nesta quarta-feira (14) e segue até amanhã (16) no Cenarium Rural, em Cuiabá.
Em três dias de evento, os participantes terão a oportunidade de assistir palestras e debater temas de interesse do agricultor, além de ter conhecimento sobre os últimos resultados de pesquisas na área experimental da entidade em Campo Novo do Parecis.
“São resultados bem interessantes. Resultados que trazem um volume de dados de seis anos de pesquisa. Vamos apresentar resultado da nossa área experimental, então isso é um dos focos e também as demais classificações, qualidade se insumos e manejo de solos arenados”, comenta a gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, Jerusa Rech.
Conforme o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, o produtor rural necessitava de um evento como este. Na edição passada o tema abordado foi fitopatologia.
O presidente da entidade frisa ainda que os estudos na área experimental em Campo Novo do Parecis auxiliam nos trabalhos com a otimização do uso de fertilizantes no campo, uma vez que o momento é de alta nos insumos e a utilização da quantidade necessária gera menos prejuízos.