A troca de experiências em sustentabilidade e inovações agrícolas, além de relações comerciais, marcam a agenda da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja Mato Grosso) em missão pela China. Somente em 2024, a gigante da Ásia foi responsável por quase 60% das exportações de soja do estado.
Das 24,23 milhões de toneladas de soja exportadas por Mato Grosso entre janeiro e setembro, a China foi responsável pela aquisição de 14,44 milhões de toneladas. Já em relação ao milho por 1,1 milhão de toneladas das 16,89 milhões enviadas ao mercado externo, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A missão da Aprosoja Mato Grosso na China teve início na última segunda-feira (28) e de acordo com o presidente da entidade, Lucas Costa Beber, tem como intuito de promover a sustentabilidade do agro brasileiro globalmente, abordando pesquisas sobre sequestro de carbono, bem como discutir acordos que beneficiam a cadeia de suprimentos de soja e milho entre Brasil e China.
A primeira agenda foi na Embaixada do Brasil em Beijing, onde a delegação foi recebida pelo embaixador Marcos Galvão e três adidos. Na ocasião, o foco, conforme Lucas Costa Beber, foi “entender o que a China espera de nós, como ver o futuro do mercado da soja e do milho”.
O embaixador Marcos Galvão destacou a continuidade das políticas de importação e exportação, mesmo com a alternância de poder, e ressaltou a importância do diálogo sobre sustentabilidade.
Anualmente, a China importa 90 milhões de toneladas de soja e 20 milhões de toneladas de milho, de acordo com o presidente da Longping CITIC, Liu Zhiyong. Na ocasião ele reconheceu o Brasil como parceiro estratégico do país asiático.
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Pesquisa e inovação tecnológica
A troca de conhecimentos e experiências na área da agricultura, principalmente no que tange a tecnologia, também marcam a agenda da missão da Aprosoja Mato Grosso pela China.
Na terça-feira (29) o grupo se encontrou com o diretor do departamento de reforma e pesquisa do Ministério de Agricultura da China, Yan Hui. Na oportunidade, pesquisas sobre soja e milho, além de estudos de políticas agrícolas nas zonas rurais da China foram apresentadas.
O especialista salientou que, no país, a agricultura é predominantemente realizada por pequenos produtores, com uma média de um hectare por propriedade.
“Hoje, esses agricultores participam do mercado com incentivos do governo, já que o país enfrenta um déficit alimentar significativo devido ao alto número populacional”, disse ao ressaltar ainda a importância de culturas como soja e milho na segurança alimentar chinesa.
Durante o encontro, o diretor do departamento de reforma e pesquisa do Ministério de Agricultura da China, Yan Hui, foi convidado para conhecer os sistemas de produção no Brasil, que priorizam a preservação da água, o cuidado com o solo e o sequestro de carbono.
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