FIBRA COMPETITIVA

Redução de custo e desistência na soja elevam área do algodão em MT

Apesar do incremento na área, a projeção de produtividade média do algodão em caroço foi mantida em 284,35 arrobas por hectare

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Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

A área destinada para o algodão deverá crescer 12,60% na safra 2023/24 no comparativo com o ciclo 2022/23. A expectativa é que os cotonicultores plantem 1,354 milhão de hectares. O crescimento maior deverá ocorrer na destinação para o cultivo da primeira safra, estimado em 23,57%.

De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado nesta segunda-feira (4), ao se comparar com as projeções apontadas em novembro há um incremento de 3,21% ante a área de 1,312 milhão de hectares prevista. Na safra 2022/23 os produtores de algodão plantaram no estado 1,202 milhão de hectares.

Da extensão de 1,354 milhão de hectares estimada para a temporada 2023/24 os cotonicultores devem destinar para a primeira safra 228,9 mil hectares, aumento de 8,67% ante a projeção passada e de 23,57% a área da safra 2022/23.

Já em segunda safra 1,125 milhão de hectares devem receber as sementes de algodão, um crescimento de 2,16% ao previsto em novembro e de 10,60% a extensão de 1,1017 milhão de hectares do ciclo passado.

“O cenário de intenção de incremento na área é pautado, principalmente, pela estimativa de redução no custo de produção do cotonicultor, o que estimula os produtores a investirem no algodão”, pontua o Imea.

O instituto destaca ainda que “além disso, com o clima seco e quente afetando as lavouras de soja, muitos produtores, que já possuem o algodão como opção de segunda safra, estão optando em deixar de ressemear a oleaginosa para destinar essas áreas para o algodão, visto que a fibra, está mais competitiva em relação ao milho”.

Alerta com o clima

Ainda conforme o Imea, os produtores de algodão devem seguir alertas quanto ao clima, uma vez que o mesmo “pode influenciar no andamento dos trabalhos a campo do algodão, o que pode interferir na decisão final do cotonicultor no que se refere a real área a ser semeada”.

Quanto a produtividade em relação a projeção de novembro “essa segue estimada em 284,35 arrobas por hectare, de modo que o fator climático ainda é uma incógnita para definir o rendimento das lavouras ao longo do ciclo”. Ao se comparar com o ciclo passado há um recuo de 8,61% na produtividade.

Considerando o ajuste na área, a produção de algodão em caroço ficou estimada em 5,77 milhões de toneladas, sendo 2,40 milhões de toneladas de pluma, um crescimento de 2,91% e 2,90% ante a safra 2022/23 respectivamente.


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