EM RONDONÓPOLIS

'O agro precisa entrar no ringue', diz o biólogo Richard Rasmussen sobre as narrativas negativas

Na avaliação do especialista, é preciso que o setor produtivo mostre o “mundo real” para a sociedade

Richard Rasmussen Circuitp Aprosoja Foto Viviane Petroli Canal Rural Mato Grosso
Foto: Viviane Petroli/Canal Rural Mato Grosso

“O agro precisa entrar no ringue, trabalhar com a ciência e melhorar a comunicação”. A pontuação é do biólogo e apresentador, Richard Rasmussen. Segundo ele, mais do que produzir, é preciso mostrar para a sociedade o “mundo real”, que a “linguiça do churrasco do final de semana é um porco”.

Conhecido pelos trabalhos na televisão e agora no YouTube, Richard Rasmussen nos últimos anos tem buscado conhecer mais de perto o agronegócio, a produção agrícola brasileira e diz ter se surpreendido com o que vê.

“O que o Brasil conserva hoje equivale à 28 países e consegue produzir tudo o que produz, sendo um dos líderes mundiais produção de alimentos e exportação. O país preserva mais de 66% do seu território”, disse ele na noite desta terça-feira (21) em Rondonópolis, durante a passagem do 18º Circuito Aprosoja no município da região sudeste de Mato Grosso.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, lembrou que se o estado fosse um país, hoje seria o quarto maior produtor do mundo, além de que o Brasil utiliza apenas 8% do seu território para agricultura.

“O produtor brasileiro é o que melhor aplica a sustentabilidade com o plantio direto, aqui fazemos duas safras bem feitas, podendo chegar a três. O plantio direto ainda atua na conservação de solos”.

Soja pode ser corredor ecológico

Conforme Richard Rasmussen, uma plantação de soja, uma lavoura em si “pode ser um corredor ecológico” para animais silvestres, uma vez que “não há pessoas ao redor” e ali encontram alimentos.

“Eu chorava quando jovem e via uma lavoura de soja e dizia ‘aqui era uma floresta’. Mas, o centro de uma cidade também já foi floresta. Hoje, quem mantém uma floresta em pé está fazendo biodiversidade. Quando não se dá valor para a biodiversidade se vê os animais desaparecerem. Quando uma floresta está crescendo é quando ocorre o sequestro de carbono. É preciso saber manejar. A pesca do pirarucu foi liberada porque se soube manejar”, salientou o biólogo sobre quanto a questão das áreas de preservação permanente (APPs).


Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.

Sair da versão mobile