Alternativas para o traçado da BR-242 em Mato Grosso estão sendo avaliadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em conjunto com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A obra está dividida em três lotes de pavimentação.
As alternativas para a rodovia federal, considerada importante para o escoamento da produção agropecuária de Mato Grosso, foram discutidas entre o ministro Carlos Fávaro e o diretor-geral substituto do DNIT, Carlos Barros, nesta terça-feira (10).
As obras da BR-242 fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, lançado em agosto deste ano. A parte prevista para asfaltamento é de 305 quilômetros entre os municípios de Santiago do Norte e Querência. A rodovia liga a BR-163 à BR-158. Dois dos mais importantes corredores para o escoamento da safra brasileira.
Para início das obras de pavimentação são necessárias a conclusão do Licenciamento Ambiental e dos estudos de componente indígena, tendo em vista que os trechos dos lotes B e C, que passam por Gaúcha do Norte e Querência, possuem interferência de terra indígena (área de abrangência), passando ao sul do Parque do Xingu.
Uma das obras mais importantes para o desenvolvimento da região do Vale do Araguaia, a pavimentação da BR-158 teve a ordem de serviço assinada em setembro para o contorno de 12 quilômetros desviando da área indígena.
Desta forma, as propostas de traçados alternativos para a BR-242 estudam contornos que desviem da área de abrangência de território indígena.
Além do escoamento da safra, a obra é importante para o transporte escolar, de pacientes e o deslocamento das pessoas da região. Para que o sistema seja mais efetivo e eficiente, o Mapa conta com um programa de recuperação de estradas vicinais.
De acordo com o Mapa, o estudo de traçados alternativos leva em consideração um sistema interligado de rodovias municipais e substituição de pontes de madeira, que permitirão um fluxo mais eficiente.
Ao todo, a BR-242 tem 2.311,7 quilômetros de extensão que vão da Bahia até Mato Grosso. Com a ligação às BRs 163 e 158, é também uma alternativa importante para o escoamento da produção tanto pelos portos do arco norte, quanto do arco sul, garantindo mais competitividade à região que é considerada a nova fronteira agrícola do país.
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