Mato Grosso

Produtores de algodão em MT reajustam área diante desvalorização da pluma

Nova estimativa de safra de algodão do Imea revela que produtores não devem alterar área ante o ciclo 2021/22 em Mato Grosso

Área destinada ao cultivo de algodão em Mato Grosso não deve sofrer alterações na safra 2022/23 no comparativo com a temporada 2021/22. A desvalorização nos preços da pluma nos últimos meses levou o produtor a repensar o planejamento para o próximo ciclo.

Tal decisão do cotonicultor é apontada na terceira estimativa de safra do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta semana.

O levantamento revela que a intensão do cotonicultor mato-grossense é semear 1,777 milhão de hectares nesta safra 2022/23. A mesma área cultivada na temporada passada. Em outubro as estimativas para o ciclo, que ainda será semeado, apontavam para 1,299 milhão de hectares.

“Diante do cenário de incertezas quanto a economia global, que pode diminuir significativamente o consumo mundial da pluma, uma vez que o produto não é considerado um bem essencial, os preços da pluma exibiram uma expressiva desvalorização nos últimos meses”, destaca o instituto.

Entretanto, o Imea ressalta em sua terceira estimativa de safra que até a época do plantio alguns fatores podem influenciar na decisão final do produtor, como o ritmo da demanda internacional e nacional pela pluma, e consequentemente o andamento das cotações da fibra no estado.

Produtividade de algodão permanece superior

Apesar do reajuste de área em relação as previsões de outubro, no que tange a produtividade de algodão em Mato Grosso as perspectivas permanecem em 278,26 arrobas por hectare. Volume 12,27% superior ao que foi consolidado na safra 2021/22, que até o momento, foi o menor rendimento dos últimos cinco anos.

“Cabe destacar que nesse primeiro momento, as estimativas do rendimento médio para o estado ficam limitadas, uma vez que há alguns fatores em aberto que podem impactar na produtividade das lavouras no decorrer do ciclo”, frisa o Imea.

Quanto a produção, diante reajuste da área e as estimativas de produtividades mantidas, é esperada uma colheita de 4,91 milhões de toneladas de algodão em caroço, 12,19% superior ao que foi registrado na safra 2021/22. “Pautado pela expectativa de um melhor rendimento na temporada futura”.

 

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