FUNDAÇÃO MT

Nematoides geram preocupação nas lavouras de algodão em Mato Grosso

Fundação MT realiza encontro com objetivo de minimizar os impactos do parasita que geram redução na produtividade

Os nematoides são parasitas que atacam principalmente as plantas e geram muita preocupação para os produtores de algodão de Mato Grosso. Mesmo pequenos, eles têm a capacidade de reduzir a produtividade da lavoura, gerando enormes prejuízos aos cotonicultores.

Diante disso, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) realiza nos dias 1 e 2 de junho, no município de Sapezal, a segunda etapa do evento “Fundação MT em Campo 2ª Safra” com o objetivo de minimizar os impactos dos nematoides na cotonicultura.

No algodão, as principais espécies que acometem a planta são: Pratylenchus brachyurus, Meloidogyne incognita, Rotylenchulus reniformis e Aphelenchoides besseyi. Portanto, a variedade de nematoides é um dos pontos que mais atrapalham na hora de controlá-los.

“O primeiro passo para um bom manejo de nematoide é saber qual ou quais espécies o produtor tem em sua propriedade, sem essa informação não é possível adequar as medidas necessárias a serem tomadas, a fim de minimizar os danos causados por estes agentes”, comenta a nematologista e pesquisadora da instituição, Juliana Oliveira.

Além disso, a pesquisadora esclarece que estes vermes, além de causarem uma ação espoliativa, que ocorre quando um parasita se alimenta dos nutrientes metabolizados pela planta, promovem também oportunidades a outros patógenos interferir no desenvolvimento.

“As injúrias provocadas por eles podem servir como porta de entrada para patógenos oportunistas presentes no solo, que debilitam ainda mais a cultura”, destaca Juliana.

Diagnose assertiva ajuda a minimizar problemas

Dessa maneira, se faz necessária a diagnose assertiva do problema. O primeiro deles, de acordo com a especialista, é o de monitorar a área em que há indícios de infestação e, o segundo, o de conhecer as suas áreas em relação à presença de fitonematoides.

“Aliado a isso, antes de realizar a amostragem precisamos levar em consideração o histórico de cultivo e de cultivares, o tipo de solo e a umidade em que este se encontra. Também orientamos que as amostras devem ser coletadas de preferência no ciclo anterior a um novo plantio, no período de florescimento da cultura ou o mais próximo dele”, aponta a pesquisadora.

Foto: Assessoria Fundação MT

Depois de coletadas, é preciso atenção com a armazenagem e transporte. As subamostras devem ser depositadas em um balde grande e bem misturadas, de modo a formar uma amostra composta, realmente representativa da área. É fundamental também não esquecer de enviar os materiais ao laboratório o mais rápido possível, etiquetado e com o maior número de informações.

“As amostras de solo e de raízes devem ser acondicionadas juntas, na mesma embalagem. Para guardar utilize sacos plásticos e lembrar sempre de mantê-las em ambiente refrigerado, nunca em congelador ou freezer. Evite o aquecimento das amostras e exposição direta ao sol. O ideal é utilizar caixas térmicas de isopor”, cita a nematologista.

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Editado por: Alexia Oliveira*, de Cuiabá MT

*Sob supervisão de Viviane Petroli

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